Você conhece as mulheres que fazem parte da sua história? Tão importante quanto saber para onde vamos, é saber de onde viemos. Continue lendo nosso artigo para se inspirar em cases de sucesso do afroempreendedorismo.
As dificuldades para empreender são muitas, claro, e quando o assunto é o empreendedorismo para as pessoas negras, ainda existe o preconceito. Mas tudo isso sempre existiu, e serviu para fortalecer o afroempreendedorismo.
Mas neste caso, iremos dar alguns passos para trás para entender o que vem à frente.
Os ancestrais…
Você certamente já ouviu falar das árduas dificuldades dos negros no século 18, por exemplo. Afinal, o racismo chegara a tal ponto em que as pessoas negras eram separadas das pessoas brancas na sociedade, em ônibus e até calçadas, por exemplo.
Mas não é novidade que a perseverança e a força preta quebraram inúmeras barreiras.
Um dos símbolos do afroempreendedorismo está na figura de Tereza de Benguela, uma ex-escrava que, com após a morte do marido, se tornou líder e uma das mais importantes quilombolas da história.
Tereza passou de escrava a rainha do Quilombo de Quariterê, ou Quilombo do Piolho, em Vila Bela da Santíssima Trindade, atual estado de Mato Grosso. Ela foi responsável por criar e liderar o parlamento local de seu quilombo, organizar a produção de armas, colheita e plantio e produção de tecidos.
Outras grandes mulheres exemplos desta luta são Dandara dos Palmares e Carolina Maria de Jesus.
Dandara dos Palmares foi uma das escravas mais valentes do Brasil, que pertenceu ao Quilombo dos Palmares e foi vista como uma das maiores ativistas e líderes do grupo por sempre estar à frente das batalhas, no cuidado e proteção com seu povo.
Carolina de Jesus possui uma história interessante, porque foi uma escritora que começou sua carreira por acaso. Ela trabalhava como catadora de papéis, e assim conseguia os cadernos onde escrevia. E hoje, seu primeiro livro, o Quarto de Despejo — Diário de uma Favelada (1960) , foi traduzido em 16 idiomas e vendido em 40 países.
… Aos dias atuais
E para dar continuidade com essa luta, com muita bravura mulheres como a Zica Assis são exemplos que trazem inspirações e lições ao mercado.
Zica é co-fundadora e sócia do Instituto Beleza Natural. A marca conta com mais de 50 produtos em sua linha, com ativos naturais e tecnologia.
Ela já trabalhou como babá, empregada doméstica e faxineira, e por exigência de suas patroas trocou o cabelão black power pelas fórmulas químicas de relaxamento.
O investimento custou até mesmo o carro de seu marido, que era o sustento dos dois na época. Mas o negócio foi tão bem que hoje é a maior rede brasileira especializada em cabelos crespos, cacheados e ondulados.
Outro projeto valioso para você se inspirar é o Mulheres Rumo ao Topo, formado por uma rede de mulheres negras empreendedoras que se apoiam, fortalecem e dividem o palco do sucesso feminino no afroempreendedorismo.
São diversas histórias, talentos e exemplos da garra feminina, afinal, o seu empoderamento é o que dará sequência a essa luta do afroempreendedorismo, rumo ao sucesso.
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